Erro 404: um alien entre nós
O Baixaki teve acesso exclusivo ao relatório de um ser extraterrestre que, de passagem por aqui, fez observações importantes sobre a vida no nosso planeta.- Por Wikerson Landim
- 12 de Novembro de 2010
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Com certeza você ainda não sabe. A informação que vamos revelar a seguir vem sendo encoberta nas últimas semanas por se tratar de um segredo de Estado sem precedentes na história da humanidade. Além disso, algumas reflexões incômodas podem causar pânico na população e não é esse o propósito do sistema dominante.
No primeiro dia do mês de outubro o planeta Terra recebeu a ilustre visita de seres de outro planeta. Eles estiveram por aqui durante pelo menos dois dias, analisando e observando o comportamento do ser humano, raça peculiar e, segundo o ponto de vista deles, pouco evoluída.
O relatório que você conhecerá neste artigo é a transcrição do que foi captado por meio da frequência de comunicação dessas entidades que se autodenominam BILU (Bio Inteligência Luminescente Universal), em um último contato antes da viagem de partida dessas misteriosas criaturas de volta para o seu planeta de origem.
Por se tratarem de informações sigilosas é natural que você não encontre notícias sobre este assunto em nenhum outro lugar. Aliás, esta revelação pode implicar em sérias mudanças no pensamento de alguns seres humanos. Por isso é recomendável ler o relatório de imediato e com muita atenção. Este pode ser seu último contato com ele.
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O que chamam de “Terra”: primeiras impressões
Abrindo frequência de saudações, amigos BILUS!
Estamos prestes a retornar ao nosso lar após um período que aqui denominam de “dois dias”, intervalo de tempo em que este curioso planeta dá duas voltas completas. Estamos encantados com muito do que vimos, mas acredito que a “Terra” ainda esteja distante do habitat que procuramos para expandir nossas colônias de intercâmbio cultural.
A começar pelo nome do planeta, encontramos algumas contradições que, mesmo após nossas pesquisas, continuam ser fazer sentido para nós. Na língua deles, "Terra" tem o mesmo significado que o chão em que pisamos. Porém, após uma análise dos mapas do lugar constatamos que “Terra” é o que menos há por aqui.
Boa parte da superfície é líquida e denominada de “Água” e certamente essa seria uma definição mais adequada para o que vimos. Os seres humanos, de certa forma, se alimentam dessa água, mesmo ela sendo finita. Além disso, jogam dejetos nela e coisas que julgam impróprias para uso ou consumo. É estranho porque tudo isso volta para eles outra vez.
Culto às caixas de luz
Não descobrimos se há algum tipo de entidade maior dominante, pois não a vimos. No entanto, vagando pelas regiões mais populosas percebemos que os seres humanos cultuam um estranho objeto que ocupa lugar de destaque em cada um dos seus palácios.
São caixas com uma placa de vidro que emitem luz e projetam o que nos pareceu ser uma espécie de sonho. O visual é multicolorido e parecido com a realidade deles. Não compreendemos ao certo o que elas são, mas devem ter suma importância na vida das pessoas.
Elas se agrupam no ambiente central do palácio e, em silêncio e hipnotizados, contemplam essa caixa emissora de luz. Alguns deles utilizam um objeto acessório para mudar a frequência de luz do que vem. Ficam assim por muitas e muitas horas e parecem se esquecer de que existem outros iguais a eles sozinhos fora dali.
Interação com objetos inanimados
Outro aspecto que nos chamou atenção é a maneira como cada um deles carrega um pequeno acessório com o qual falam e que acariciam como se fosse um ser vivo. Vimos um espécime que falava com a pequena caixa como se ela o ouvisse e respondesse.
Depois, olhando fixamente para a parte que emite luz, passou a acariciar o dispositivo com a ponta dos dedos. Ficou assim por horas. Dezenas de pessoas em um mesmo ambiente nem sequer se olharam ou falaram entre si. Mas todos tinham em mãos suas caixas de luz. Chamam-nas de “celular”, outra contradição, já que a caixa não é feita de células como eles.
Movimentação sem uso do teletransporte
Ao que parece os pobres terráqueos não utilizam as técnicas de teletransporte para se locomover de um ponto a outro. Eles utilizam grandes caixas, com rolamentos na parte de baixo, e andam por caminhos físicos construídos para esse fim. Em alguns momentos a fila de caixas que se forma é enorme e todos eles ficam parados, um atrás do outro.
Alguns gritam e emitem sons agressivos, mas a maioria permanece sozinha dentro de sua caixa. É curioso que em cada uma dessas caixas caberiam pelo menos quatro pessoas, mas eles insistem em andarem sozinhos dentro delas. Há caixas de vários tamanhos e cores e, para alguns, elas são mais importantes do que seus semelhantes.
Seres superiores
Não há muitas diferenças físicas entre os terráqueos. Embora existam seres de todos os tamanhos e cores, o que é algo interessante, alguns exterminam outros pelo simples fato de serem, sob o ponto de vista humano, diferentes. Entre eles, se um diz que acredita em uma coisa e outro diz que acredita em outra, ficam agressivos e chegam a lutar até a morte.
Fonte da imagem: divulgação.
Alguns habitantes do planeta são cultuados como divindades. Pessoas aplaudem, choram e ficam felizes com qualquer contato mínimo que tenham com esses seres. Alguns deles usam roupas coloridas e, nos olhos, grandes armações com vidro para enxergar. Não entendemos muito o porquê disso, mas vimos acontecer com vários grupos e em várias localidades.
Caixas de luz com controle manual
Como já comentamos, as caixas de luz estão por todo lugar. Muitos seres humanos passam o dia todo diante de uma dessas que aceita comandos manuais a partir de um painel com mais de cem botões. O curioso é que a utilizam para se comunicar com outras pessoas, mesmo tendo muitas pessoas em volta com as quais não falam ou sequer dirigem o olhar.
E ainda dizem que essa foi a maior revolução dos últimos tempos. Ora, convenhamos. A maior invenção é uma caixa de luz para falar com pessoas, sendo que eles não precisam dessas caixas para conversar ou interagir com quem quer que seja? Devem estar malucos. Se ao menos buscassem conhecimento...
Boa parte do tempo é gasta com centrais de comunicação chamadas “redes sociais”. Ali exteriorizam tudo aquilo que são. Reparamos em muitas pessoas sozinhas e isoladas, mas que afirmam ser populares, com muitos amigos dos quais nem sequer sabiam a cor dos olhos. É estranho pensar que conversam por tanto com alguém sem saber como são os olhos dessa pessoa.
Destruição da fonte de inalação
Desculpem o desabafo, mas é que muito pouco do que vimos por aqui fez sentido. Pelo contrário, a cada momento descobrimos algo novo que nos deixa chocados. Querem um exemplo? O planeta é cheio de áreas verdes que, pelo que analisamos, são responsáveis por limpar o ar que respiram para viver. Sim, esses pobres coitados precisam inalar ar para viver!
Pois bem, mesmo sabendo disso, eles destroem as áreas verdes e sujam o ar de que precisam. Será que não percebem que estão se matando? E, pior, para fugir da destruição que eles mesmos provocam, criam grandes palácios verticais e, dentro de cada um dos espaços, colocam máquinas para condicionar o ar! Vocês veem alguma lógica nisso, colegas BILUS? Nós aqui, não vemos.
Busquem conhecimento
Tive pressa em adiantar os detalhes do meu relatório porque temo que não mais voltemos para o nosso planeta. Nossa nave foi descoberta por um grupo de humanos que, por não entender o que somos, age de maneira hostil contra o nosso veículo.
As paredes da nave estão cedendo e temo pelo que possam fazer conosco. Viemos em missão de paz e intercâmbio cultural em busca de conhecimento, mas ao que parece eles não querem abrir os olhos. Zombam de nossa presença. Conseguimos fugir para um local cuja coordenada chama-se Varginha. Daqui não podemos partir.
Despeço-me com muita saudade de vocês e espero que um dia possam voltar aqui para iluminar essas pobres criaturas que ainda têm muito que aprender. Espero que um dia consigam se libertar da hipnose provocada pelas caixas de luz e possam interagir entre si. Apesar de não compreendermos muita coisa, vimos alguns contatos entre eles que nos deixaram esperançosos.
Assim como fazemos, alguns deles parecem conversar apenas olhando nos olhos uns dos outros, sem que nenhum som seja emitido. Outros se tocam entre si, em carinhosas e fraternas conjunções corporais que denominam “abraço”. Parece ser essa uma maneira promissora de iluminação. Muitos mostram os dentes de maneira espontânea após o processo.
Temos poucos minutos aqui, amigos BILUS, mas assim como gostaríamos de aconselhar os humanos em sua jornada, espero que esta mensagem não se perca no vácuo espacial e chegue até vocês. Esse lugar não é de todo mau, talvez possamos iluminá-los e prepará-los para o que está por vir. Eles nem imaginam o que é...
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Após o término da transmissão desta mensagem, não obtivemos mais nenhum contato com os BILUS. Não se sabe se eles foram encontrados na cidade de Varginha, como informaram em sua transmissão. O governo e as autoridades locais negam qualquer fato ocorrido. Testemunhas se recusam a falar.
No final da comunicação eles comentam sobre algo muito grande que está por vir, mas que nem imaginamos o que possa ser. Até quando ficaremos em dúvida sobre o que isso significa? E você, caro usuário, tem alguma ideia do que possa fazer para estar preparado quando esse dia chegar? Que a força esteja conosco!
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