Muitos acreditam que as Deusas africanas são as Deusas brasileiras.
Puro engano! As Deusas africanas são tão estrangeiras quanto as Deusas
gregas ou egípicias. As Deusas brasileiras eram cultuadas pelos povos que
aqui ocupavam antes mesmo da colonização européia.
Pesquisas
arqueológicas indicam que o Brasil possui ocupação humana há mais de 50
mil anos. Ou seja, civilizações anteriores às dos povos indígenas.
Assim como o Brasil é diversificado (c/ contrastes naturais climáticos e geográficos), diversas são também as culturas.
Quando se iniciou o domínio português, estima-se que havia 2.000 nações
indígenas diferentes (hoje não passam de 200 nações). As culturas
indígenas se transformaram (e, em alguns casos, foram abolidas) devido
ao “equívoco” na interpretação dos jesuítas sobre as diversas mitologias
brasileiras. Os indígenas não cultuavam um Deus único e sim muitos Deuses
identificados como espíritos da natureza. Um exemplo é o Deus Tupã(Deus
do trovão). Os indígenas cultuavam Tupã com uma oração que hoje (após
algumas modificações) é conhecida como Deus-Pai-Todo-Poderoso dos
cristãos.
Alguns povos indígenas cultuavam a
divindade feminina. Prova disso, junto com outras lendas, era que entre
os Yanomamis, há uma língua sagrada falada apenas pelas mulheres nos
rituais e desconhecida pelos homens.
Os índios
brasileiros não utilizavam o conceito de “deuses”. Porém, assim como a
cultura xamânica, conheciam o Sagrado, a Divindade (personificados como
seres/fenômenos da natureza). Os indígenas baseavam seus costumes
ritualísticos nos ancestrais, além de conhecer o uso de ervas e pedras.
Como nós bruxos(Há estudos atuais que comparam antigas tradições
indígenas c/ tradições wiccanas. E não é por menos! As semelhanças são
enormes!)!
Abaixo, seguem alguns exemplos de Deusas brasileiras:
- Cy:
Representa a Grande Mãe, que personifica a interminável maternidade. É a
encarnação da Terra, gerada no ventre fértil de tudo o que existe.
- Cobra Grande: Senhora dos Elementos. É quem gera a vida e controla a Criação. Diz a lenda que seu corpo tornou-se o Rio Amazonas.
- Mani:
De acordo com a lenda, a mão de Mani ficou grávida dela ainda virgem. O
chefe da tribo (que viria a ser avô de Mani) queria castigar sua filha
por engravidar s/ casar com um membro da tribo. Porém, um espírito
conversou com o chefe da tribo durante um sonho e informou que a criança
traria sorte a tribo. Mani nasceu e no 1º dis de vida já falava. No 2º
já andava. Suas palavras eram de grande sabedoria. Mani morreu c/ apenas
3 anos e foi enterrada na oca de sua mãe, como era o costume. O local
era regado diariamente e brotou uma planta de raízes fortes, grossas,
nutritivas e com uma cor considerada brilhante. Essa planta passou a se
chamar mandioca.
Agora... reparem: essa história da menina
engravidar virgem; do espírioto conversar com o chefe da tribo em
sonho... não nos é familiar (claro que com algumas modificações)?
- Mãe do Muiraquitã:
Muiraquitã é uma pedra verde, mágica, com forma de sapo, peixe,
tartaruga, cilindro ou machado de 2 gumes. Hoje é conhecida como
jadeíta, berilo verde, nefrita amazônica ou amazonita. A Mãe do
Muiraquitã dava a pedra aos homens que iam visitar as Icamiabas
(conhecidas como “Nação das Tetas”, era constituída por mulheres
fugitivas da Serra de Tunaí p/ ñ se submeterem ao Filho do Sol,
Jurupari).
As mitologias indígenas brasileiras, apesar de familiares p/ nós bruxos, é bastante complexa p/ ser plenamente compreendida. Por isso fica a dica: Pesquise bastante! O arsenal ñ é vasto mas é rico em informação e a nossa cultura é de rara beleza mística.
Para maiores informações, críticas e sugestões, deixe um comentário ou envie um e-mail para: cursocirculodoconhecimento@gmail.com
Bjs de Luz a todos, Ana





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Esta ai pra vermos quem é o irracional, perdemos tanta beleza natural do nosso pais, e hoje ainda estamos a perde muita!!!
Verdade... esquecemos do que é nosso e acabamos dando valor ao que é de fora. E isso ocorre em muitos aspectos.
Quando eu falar de elementais, veremos isso também.