"Família, família: papai, mamãe, titia". O verso da música dos Titãs exemplifica o modelo comum e considerado normal do que é uma família. Crianças educadas e convivendo com o pai e a mãe biológicos, no entanto, não é o único caminho possível e satisfatório para o desenvolvimento pleno de um ser humano. Hoje, há cada vez mais casais homossexuais, nos quais um dos membros tem a guarda legal da criança (e, em raros casos até os dois), homens que se separam e cuidam sozinhos do filho e irmãos mais velhos que passam mais tempo com os mais novos do que os próprios pais.
Atualmente, a legislação brasileira não cita a orientação sexual como proibitivo para uma adoção, sendo cada caso julgado pela Justiça. Entretanto, recentemente, um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional pretende proibir de forma legal a adoção de crianças por casais homoafetivos ou homossexuais, o que representaria um grande atraso na luta pela igualdade de direitos dos homossexuais e na vida de milhares de famílias. Quando um casal homossexual decide adotar uma criança, o pedido da adoção costuma sair no nome de apenas um dos pais, ou seja, a justiça ignora legalmente uma condição sob a qual a criança será criada.
O preconceito é o que há de mais óbvio e prejudicial que atinge esses pais e crianças, pois com amor e cuidados necessários, a criança não sairá de forma alguma prejudicada apenas pela sexualidade dos pais. Mesmo assim, surgem muitas dúvidas desse tipo de casal sobre como lidar com dúvidas dos filhos e sobre o comportamento com relação a demonstrações de afeto e os conflitos que podem surgir.
Para a psicóloga da Unifesp, Daniela Marques, um passo fundamental é esclarecer a relação afetiva antes da adolescência. "Filhos que percebem sozinhos a relação homossexual das duas pessoas que o educam ou que são alertados por outras pessoas podem ter a impressão de que algo foi escondido deles e, assim, criar um receio em relação aos pais", explica ela. O filho pode se tornar agressivo e até desenvolver um preconceito em relação ao homossexualismo por conta disso.
Atualmente, a legislação brasileira não cita a orientação sexual como proibitivo para uma adoção, sendo cada caso julgado pela Justiça. Entretanto, recentemente, um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional pretende proibir de forma legal a adoção de crianças por casais homoafetivos ou homossexuais, o que representaria um grande atraso na luta pela igualdade de direitos dos homossexuais e na vida de milhares de famílias. Quando um casal homossexual decide adotar uma criança, o pedido da adoção costuma sair no nome de apenas um dos pais, ou seja, a justiça ignora legalmente uma condição sob a qual a criança será criada.
O preconceito é o que há de mais óbvio e prejudicial que atinge esses pais e crianças, pois com amor e cuidados necessários, a criança não sairá de forma alguma prejudicada apenas pela sexualidade dos pais. Mesmo assim, surgem muitas dúvidas desse tipo de casal sobre como lidar com dúvidas dos filhos e sobre o comportamento com relação a demonstrações de afeto e os conflitos que podem surgir.
Para a psicóloga da Unifesp, Daniela Marques, um passo fundamental é esclarecer a relação afetiva antes da adolescência. "Filhos que percebem sozinhos a relação homossexual das duas pessoas que o educam ou que são alertados por outras pessoas podem ter a impressão de que algo foi escondido deles e, assim, criar um receio em relação aos pais", explica ela. O filho pode se tornar agressivo e até desenvolver um preconceito em relação ao homossexualismo por conta disso.
Sem meias verdades
O momento certo, de acordo com a especialista, é quando a criança já tem uma noção do que é uma relação amorosa. "a escola, as crianças, através da relação com os colegas, já começam a entender o que é socialmente um casal", diz. A conversa deve ser clara e direta, salientando que a orientação sexual não é algo determinante do caráter de uma pessoa, mas que algumas pessoas ainda carregam um enorme preconceito em relação a isso. Já em relação às manifestações de afeto, cabe a cada casal decidir. "Muitos casais homossexuais não demonstram carinho em público, pois sabem que serão apontados. Com os filhos, vale o mesmo conselho em relação aos casais heterossexuais, apenas de que não haja exagero na frente da criança", diz Daniela.
Pai herói
A Constituição de 1988 afirma que a família é a base da sociedade e qualifica três modelos de famílias que estão sob a proteção da Justiça e do Estado: famílias formadas a partir do casamento, da união estável e das relações de um dos pais com seu filho, ou seja a família monoparental. No entanto, nem sempre foi assim. O Código Civil de 1916 dizia que a família era formada pelo casamento de um homem com uma mulher.
Apesar da legislação, hoje ainda encontramos muito preconceito com pais que criam seus filhos sozinhos. Seja porque a mãe faleceu, se separou, não quis ou não teve condições de educar a criança, vem crescendo o número de pais solteiros. É absolutamente possível que uma criança seja bem educada apenas pelo pai. No entanto, é importante que a criança tenha uma referência próxima de cada sexo.
"Não precisa ser a mãe, vale a avó, tia, ou nova companheira do pai", diz Daniela. A questão do conhecido "instinto materno", ou seja, que a mãe naturalmente tem uma maior preparação para ter um filho, é algo absolutamente contornável. ?Para os homens, a paternidade deve ser construída emocionalmente e no dia a dia. Assim, podem ser estabelecidos vínculos muito fortes e verdadeiros. É importante que o pai tenha em mente as expectativas para aquele filho, para saber como dar conta de educá-lo sozinho.
O acompanhamento psicológico pode ser importante para o melhor estabelecimento dessa relação. Durante os meses de gestação, é desejável que o feto tenha contato com o pai, pois, de dentro da barriga da mãe, ele ouve a voz paterna e consegue perceber a influência que exerce em sua mãe, através dos batimentos cardíacos, produção hormonal e corrente sanguínea. ?As emoções da mãe, tanto positivas quanto negativas, afetam também o pai. Tudo que afeta positiva e negativamente sua mãe, afeta-o também e as questões conjugais entram em jogo com grande peso, já que são as que mais atingem emocionalmente a gestante.
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