Muitas pessoas não sabem o que significa ter cirrose hepática, nem como ela é adquirida e muito menos as complicações que ela traz para o organismo.
Pois bem, o conceito de cirrose hepática é o seguinte: uma patologia que representa a via final comum de uma lesão hepática crônica e persistente em indivíduo geneticamente predisposto e que, independentemente da etiologia da lesão, acarretará fibrose e formação nodular difusas, com conseqüente desorganização da arquitetura lobular e vascular do órgão.
Mas o que exatamente isso quer dizer?
Toda doença crônica que acometa o fígado poderá evoluir para cirrose. Nessa doença, todo o tecido normal do fígado é alterado havendo a formação de nódulos por toda sua extensão e fibrose, que é o aumento do tecido conjuntivo (um tecido de conexão) do órgão em detrimento do tecido hepático normal. Isso acarreta alteração na estrutura do fígado, o qual tem estrutura lobular, como também na estrutura dos vasos sanguíneos que o irrigam, processo que irá acarretar perda de função desse órgão. Nem sempre as doenças crônicas do fígado evoluem para cirrose, isso irá depender da evolução da doença, do sucesso ou não do tratamento e da predisposição genética do paciente.
Muitas doenças podem levar a fibrose, como doenças metabólicas, virais (hepatites B e C), uso crônico de determinados medicamentos (metotrexato, por exemplo), doenças auto-imunes, porém, o abuso da ingestão de álcool é a principal causa da doença em pacientes adultos, ocorrendo após 5 a 10 anos de ingestão diária excessiva (80g/dia de etanol para o homem e 60g/dia para mulheres).
As manifestações clínicas do paciente cirrótico podem ser:
- Constitucionais (fadiga, perda de peso, anorexia, mal-estar, consumo muscular);
- Gastrintestinais (varizes esofágicas, ascite, hemorragia digestiva);
- Pulmonares (hipóxia, derrame pleural);
- Cardiovasculares (hipotensão).
- Renais (síndrome hepatorrenal);
- Endócrinas (diminuicão da libido,impotência, ginecomastia);
- Neurológicas (encefalopatia , flapping);
- Dermatológicas (angioma aracneiforme, eritema palmar, icterícia,);
- Hematológicas (trombocitopenia, esplenomegalia, anemia, leucopenia, coagulopatia).
O diagnóstico da cirrose é, antes de tudo, anatomopatológico, por esse motivo a forma mais correta de fazê-lo seria por meio de biopsia do fígado, com agulha. Entretanto, em decorrência das alterações da coagulação que esses pacientes apresentam e pelas alterações vasculares hepáticas e peri-hepáticas, há elevado risco de complicações desse procedimento.
Em conseqüência disso, a história clínica do paciente, como sinais de insuficiência hepatocelular e alterações bioquímicas, além de alterações na ultrassonografia hepática, podem ser usados para diagnóstico.
As complicações da cirrose podem ser:
-Ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal);
-Encefalopatia hepática;
-Hemorragia digestiva alta;
-Síndrome hepatorrenal;
-Hepatocarcinoma.
O tratamento da cirrose hepática, sempre que possível, deve ter como objetivo a erradicação do agente causal da cirrose, além do tratamento específico para as complicações apresentadas pelo paciente.
Caraca muito boa essa informação, obrigada.
Por nada! É sempre bom contribuir com alguma informação!
Caso surja alguma dúvida, é só perguntar!
Acho q não resta duvidas quanto a isso muito bem explicado
Parabens cara amg ficou otimo mesmo seu post.
Ok! Então, obrigada galera! Aguardem mais posts sobre saúde!