+
ico-maispiordebom-regrasico-maispiordebom-noticiasico-maispiordebom-duvidasico-maispiordebom-chatico-maispiordebom-descontracaoico-maispiordebom-aulasescolaresico-maispiordebom-receitasico-maispiordebom-celularico-maispiordebom-jogosappsjavaico-maispiordebom-assistirfilmesanimesico-maispiordebom-tutoriaisico-maispiordebom-bibliaico-maispiordebom-protetoresdetelaico-maispiordebom-papeisdeparedeico-maispiordebom-musicasico-maispiordebom-emuladoreseronsico-maispiordebom-nintendoico-maispiordebom-sonyNOME_ICONEico-maispiordebom-jogosflashico-maispiordebom-webdesignerico-maispiordebom-hardwareico-maispiordebom-sistemasoperacionaisico-maispiordebom-downloadico-maispiordebom-cubeecraftico-maispiordebom-espacomulherico-maispiordebom-horoscopoico-maispiordebom-fisioterapiaico-maispiordebom-medicinaico-maispiordebom-esportes


Tarot e Intuição


Certo dia, passei boa parte do dia pensando no livro Brida, do autor Paulo Coelho. Normalmente quando fico com determinados pensamentos, sei que devo escrever sobre... Mas na verdade, eu não sabia sobre o que era exatamente. Já havia escrito sobre os principais assuntos deste livro: escrevi sobre as Tradições do Sol e da Lua, escrevi sobre a Alma do Mundo..
Acabei ficando “encucada” e pensando: “O que mais posso escrever que seja inspirado no livro?”
Como estava no trabalho e o meu livro estava em casa, resolvi baixar o livro e passar o olho por alto para tentar descobrir o que meu inconsciente (que mts vezes é muito consciente) queria que eu transmitisse.
Eis que achei em um dos capítulos o que eu buscava.
Transcrevo, agora, partes deste capítulo para vocês:

...
- Preste atenção, menina. – Disse Wicca com severidade. - Todos os dias a partir de hoje, numa mesma hora que você irá escolher, fique sozinha e abra um baralho de tarot sobre a mesa. Abra ao acaso, e não procure entender nada. Apenas contemple as cartas. Elas, no devido tempo, vão lhe ensinar tudo que você necessita saber no momento.
“Parece a Tradição do Sol; eu de novo ensinando a mim mesma.” Pensou Brida, enquanto descia as escadas. E só quando estava no ônibus foi que deu conta que a mulher havia falado de um Dom. Mas poderia conversar isto em um próximo encontro.
Durante uma semana, Brida dedicou meia hora por dia para espalhar seu baralho na mesa da sala. Costumava deitar-se às dez da noite e colocar o despertador para uma da madrugada. Levantava-se, fazia um rápido café, e sentava para contemplar as cartas, procurando entender sua linguagem oculta. A primeira noite foi cheia de excitação. Brida estava convencida de que Wicca havia lhe passado alguma espécie de ritual secreto, e tentou colocar o baralho exatamente como ela o fizera-, certa de que mensagens ocultas terminariam por se revelar. Depois de meia hora, exceto por algumas pequenas visões que ela considerou frutos da sua imaginação, nada de especial aconteceu. Brida repetiu a mesma coisa na segunda noite. Wicca dissera que o baralho ia lhe contar sua própria história, e – a julgar pelos cursos que ela frequentara – era uma história muito antiga, de mais de três mil anos de idade, quando os homens ainda estavam próximos da sabedoria original.
“Os desenhos parecem tão simples”, pensava Brida, cada vez que espalhava as cartas sobre a mesa. Conhecia métodos complicados, sistemas elaborados, e aquelas cartas desordenadas começaram também a desordenar seu raciocínio. Na sexta noite atirou todas as cartas no chão, irritada. Por um momento pensou que aquele seu gesto tivesse qualquer inspiração mágica, mas os resultados foram igualmente nulos; apenas algumas intuições que ela não conseguia definir, e que sempre considerava como fruto de sua imaginação...
... “Não vou conseguir.” Brida sentou-se na cama e procurou o maço de cigarros na mesinha-de-cabeceira. Contrariando todos os seus hábitos, resolveu fumar ainda em jejum. Faltavam dois dias para encontrar-se de novo com Wicca. Durante aquelas duas semanas tinha certeza que dera o melhor de si. Colocara todas as suas esperanças no processo que aquela mulher bonita e misteriosa lhe havia ensinado, e lutou durante todo o tempo para não decepcioná-la; mas o baralho recusou-se a revelar o seu segredo. Nas três noites anteriores, sempre que acabava o exercício, sentia vontade de chorar. Estava desprotegida, sozinha, e com a sensação de que uma grande oportunidade lhe estava escapando entre os dedos. Mais uma vez ela sentia que a vida a tratava de uma maneira diferente das demais pessoas: dava todas as chances para que pudesse conseguir algo, e quando estava próxima de seu objetivo, o chão abria-se e ela era engolida. Tinha sido assim com os seus estudos, com alguns namorados, com certos sonhos que jamais partilhara com outras pessoas. E estava sendo assim com o caminho que queria trilhar...
... “Vivo desistindo de tudo que começo”, pensou, com certa amargura. Talvez, em breve, a vida começasse a perceber isto, e parasse de lhe dar as mesmas oportunidades que sempre lhe dera. Ou talvez, desistindo sempre no começo, esgotasse todos os caminhos sem dar um passo sequer. Mas ela era assim, e sentia-se cada vez mais fraca, cada vez mais incapaz de mudar. Alguns anos atrás lamentava suas atitudes, ainda era capaz de alguns gestos de heroísmo; agora estava se acomodando aos seus próprios erros. Conhecia outras pessoas assim - acostumavam-se com seus erros, e em pouco tempo confundiam seus erros com virtudes. Então era muito tarde para mudar de vida. Pensou em não ligar para Wicca, em simplesmente sumir. Mas existia a livraria, e ela não teria coragem de aparecer lá de novo. Se sumisse, simplesmente, o livreiro a trataria mal da próxima vez. “Muitas vezes por causa de um gesto impensado meu com uma pessoa, terminei me afastando de outras que me eram queridas.” Agora não podia ser assim. Estava num caminho onde os contatos importantes eram muito difíceis. Tomou coragem e discou o número que estava no papel. Wicca atendeu do outro lado.
-Não poderei ir aí amanhã – Disse brida
- Nem você, nem o encanador - respondeu Wicca. Brida ficou alguns instantes sem entender o que a mulher estava dizendo. Mas Wicca começou a reclamar que estava com um defeito na pia da cozinha, que já havia chamado várias vezes um homem para consertar, e que o homem nunca aparecia. Começou a contar uma longa história sobre os prédios antigos, cheios de imponência, mas com problemas insolúveis.
- Você está com o seu tarot aí perto? – perguntou Wicca no meio da história do encanador.
Brida, surpresa, disse que sim. Wicca pediu que ela espalhasse as cartas sobre a mesa, pois ia lhe ensinar um método de jogo para descobrir se o encanador iria ou não iria aparecer na manhã seguinte. Brida, mais surpresa ainda, fez o que ela mandava. Espalhou as cartas e ficou olhando, ausente, para a mesa, enquanto esperava instruções do outro lado da linha. A coragem de dizer o motivo do telefonema ia se esvaindo pouco a pouco. Wicca não parava de falar, e Brida resolveu escutá-la com paciência. Talvez conseguisse ficar sua amiga. Talvez, então, ela fosse mais tolerante, e lhe ensinasse métodos mais fáceis de encontrar a Tradição da Lua.
Wicca, entretanto, emendava um assunto no outro, e depois de fazer todas as reclamações sobre os encanadores, começou a contar a discussão que tivera, ainda cedo, com a síndica sobre o salário do porteiro do prédio. Depois emendou o assunto com uma reportagem sobre as pensões que estavam pagando aos aposentados. Brida acompanhava tudo aquilo com murmúrios afirmativos. Concordava com tudo que a outra dizia, mas já não estava conseguindo prestar atenção a nada. Um tédio mortal tomou conta dela; a conversa daquela mulher quase estranha, sobre encanadores, porteiros e aposentados, àquela hora da manhã, era uma das coisas mais aborrecidas que escutara em toda sua vida. Ficou tentando distrair-se com as cartas em cima da mesa, olhando pequenos detalhes que haviam passado despercebidos das outras vezes. De vez em quando Wicca perguntava se ela estava escutando, e ela resmungava que sim. Mas sua mente estava longe, viajando, passeando por lugares em que jamais estivera. Cada detalhe das cartas parecia empurrá-la mais fundo na viagem. De repente, como quem penetra em um sonho, Brida percebeu que já não conseguia escutar o que a outra falava. Uma voz, uma voz que parecia vir de dentro dela – mas que ela sabia que vinha de fora - começou a lhe sussurrar alguma coisa. “Você está entendendo?” Brida dizia que sim. “É você realmente está entendendo”, disse a misteriosa voz.
Isto, entretanto, não tinha a menor importância. O tarot à sua frente começou a mostrar cenas fantásticas; homens vestidos apenas com tangas, corpos bronzeados ao sol e cobertos de óleo. Alguns usavam máscaras que pareciam gigantescas cabeças de peixe. Nuvens passavam correndo pelo céu, como se tudo estivesse num movimento muito mais rápido que o normal, e a cena mudava de repente para uma praça, com edifícios monumentais, onde alguns velhos contavam segredos para alguns rapazes. Havia desespero e pressa no olhar dos velhos, como se um conhecimento muito antigo estivesse a ponto de se perder definitivamente.
“Some o sete e o oito e você terá o meu número. Sou o demônio, e assinei o livro”, disse um rapaz vestido com roupas medievais, depois que a cena mudou para uma espécie de festa. Algumas mulheres e homens sorriam, e estavam embriagados. As cenas mudaram para templos encravados em rochedos na beira do mar, e o céu começou a se cobrir de nuvens negras, de onde saíam raios muito brilhantes.
Apareceu uma porta. Era uma porta pesada, como a porta de um velho castelo. A porta se aproximava de Brida, e ela pressentiu que em pouco tempo ia conseguir abri-la.
“Volte daí”, disse a voz.
- Volte, volte – Disse a voz ao telefone. Era Wicca. Brida ficou irritada porque ela estava interrompendo uma experiência tão fantástica, para voltar a falar de porteiros e encanadores...
... Brida colocou o telefone no gancho, sem se despedir. Ficou ainda muito tempo olhando fixo a parede de sua cozinha, antes de cair num choro convulsivo e relaxante. ..
... - Foi um truque – disse Wicca para uma assustada Brida, quando as duas acomodaram-se nas poltronas italianas.
- Sei como deve estar se sentindo, continuou Wicca. Às vezes nós entramos num caminho apenas porque não acreditamos nele. Então, é fácil: tudo o que temos de fazer é provar que ele não é o nosso caminho.”
“Entretanto, quando as coisas começam a acontecer e o caminho se revela para nós, temos medo de seguir adiante.”...
... Quando você colocava as cartas sobre a mesa, sempre tinha uma idéia do que iria acontecer. Nunca deixou que as cartas contassem a história delas; estava tentando fazer com que elas confirmassem aquilo que você imaginava saber.
“Quando começamos a falar no telefone, eu percebi isto. Percebi também que ali estava um sinal, e que o telefone era o meu aliado. Comecei uma conversa aborrecida, e pedi que você olhasse as cartas. Você entrou no transe que o telefone provoca, e as cartas a conduziram para o seu mundo mágico.”


Esperar a resposta que queremos é o que mais acontece quando começamos uma leitura de cartas. E é aí que entra a decepção, a inconformidade, o desinteresse em jogar...
Erramos muito quando pensamos que vamos olhar as cartas, descrever figuras, ver se tem algo a ver conosco e pronto! Tá feita a mágica! Se gostarmos bem. Se não gostarmos, deduzimos que as cartas não sabem nada ou que não nascemos para isso.
Isso é o que chamo de UM GRANDE ERRO!
Tenho 5 pontos importantes a declarar:
Primeiro: Quem disse que trata-se apenas de descrever a figura? Se for assim, não preciso de tarot! Vou fazer leitura através dos quadros pintados por Tarsila do Amaral (além de eu adorar as pinturas dela, suas obras possuem influência do surrealismo na fase antropofágica – “digestão” de influências estrangeiras).  Cada detalhe das cartas de tarot transmite um significado. Não basta descrever o que está desenhado e sim descrever o que vê (perceba que são coisas diferentes se você estiver com a mente aberta)
Segundo: Se você já sabe a resposta que quer, para que consultar as cartas? Não perca tempo e energia.
Terceiro: Não se iluda de que você conseguirá fazer a leitura na primeira tentativa. Isso pode acontecer sim, mas não vá com essa expectativa. Você acabará se decepcionando.
Quarto: Se sua mente estiver cheia de idéias e, principalmente focada nos resultados, as chances de você não conseguir fazer a leitura é 99,99%.
Quinto: Dedique-se sempre e muito. Desenvolva sua leitura de um modo geral (Leitura mesmo, sabe?!?!? Arte literária!). Desenvolva também a cultura de admirar imagens, figuras, desenhos... Visite um museu e tente imaginar o que se passava na mente do pintor no momento em que produzia sua obra. Desenvolva o hábito de avaliar sua intuição. Não tenha medo dos pensamentos que lhe surgem na cabeça (principalmente aqueles que parecem não fazer sentido algum). Avalie tudo. Tudo é informação! Cabe a você saber juntar as peças.



Bem pessoal, é isso!
Agora estou com a sensação de missão cumprida!

Para maiores informações, sugestões, cursos, deixe um comentário ou envie um e-mail para: cursocirculodoconhecimento@gmail.com

Deixe o seu comentário:

Poste aqui seu comentario se gostou do post acima!

Topo da pagina.