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[Estilística / Gramática] anáfora

Leia estes versos de Manuel Bandeira:

    “Vi uma estrela tão alta,
    Vi uma estrela tão fria!
    Vi uma estrela luzindo
    Na minha vida vazia”.


Observe que o poeta inicia os três primeiros versos
com a mesma expressão “Vi uma estrela”,
com o objetivo de enfatizar essa idéia.
Esse recurso usado tão frequentemente na poesia
é uma figura de linguagem chamada anáfora.

Veja outro exemplo, agora nos versos de Vinícius de Moraes:

    “Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres
    Que ninguém mais merece tanto amor e amizade
    Que ninguém mais deseja tanta poesia e sinceridade
    Que ninguém mais precisa tanto da alegria e serenidade”.


A anáfora consiste em repetir uma palavra
ou expressão a espaços regulares durante o texto.
É muito comum nas trovas populares, cordéis e poemas.

   “Acorda, Maria, é dia
    de matar formiga
    de matar cascavel
    de matar estrangeiro
    de matar irmão
    de matar impulso
    de se matar”.

    (Carlos Drummond de Andrade)
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O poema “O último andar”, de Cecília Meireles,
apresenta dois casos de anáfora: a repetição se dá nas expressões
“último andar” e em “é lá que eu quero morar”,
enfatizando o anseio do eu lírico em viver no último andar.

   “No último andar é mais bonito:
    do último andar se vê o mar.
    É lá que eu quero morar.


   O último andar é muito longe:
    custa-se muito a chegar.
    Mas é lá que eu quero morar.


   Todo o céu fica a noite inteira
    sobre o último andar.
    É lá que eu quero morar.


   Quando faz lua, no terraço
    fica todo o luar.
    É lá que eu quero morar.


   Os passarinhos lá se escondem,
    para ninguém os maltratar:
    no último andar.


    De lá se avista o mundo inteiro:
    Tudo parece perto, no ar.
    É lá que eu quero morar:


    no último andar.”

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